A ex-Rebelde Lua Blanco cresceu em uma família de músicos e atores – ela é neta do ícone da bossa-nova Billy Blanco e todos os seus irmãos também cantam e atuam. Nada mais natural, para ela, do que se apaixonar pelo teatro musical e sonhar em fazer uma peça do gênero. A artista, que em 2010 participou do elogiado O Despertar da Primavera, volta a subir ao palco para soltar a voz nesta sexta-feira (21), no Rio de Janeiro, com a peça Se Eu Fosse Você - O Musical.
"Tivemos dois meses de ensaio, e foi bem corrido. Eu ralei bastante porque estou conciliando os ensaios com a gravação da novela [Além do Horizonte, da Record]. Mas estou bem animada. Nem vejo a hora de começar", disse, em entrevista ao Virgula Diversão.
Se Eu Fosse Você tem supervisão artística de Daniel Filho e direção de Alonso Barros. Baseada nos dois filmes homônimos, a peça cômica conta a história de um casal, Cláudio (Nelson Freitas) e Helena (Claudia Netto), que troca de corpos entre si e tem de aprender a lidar com a situação.
O Virgula Diversão conversou com Lua sobre a peça e sobre sua relação com o teatro musical. Dá uma olhada.
Dá para comprar o filme com a adaptação?
Até dá para comparar, mas o cinema e o teatro musical são gêneros completamente diferentes. Apesar de os dois terem a mesma história, na peça temos música interferindo a toda hora, há elementos que nem existem no filme. As coreografias estão surreais. Além disso, a Claudia [Netto] e o Nelson [Freitas] estão arrasando, eles estão demais.
E a trilha da peça, com músicas da Rita Lee? Deixou você animada?
Amo a música da peça. Sou apaixonada pela obra da Rita, e as músicas selecionadas para o musical são incríveis. Tem uma das minhas preferidas, Coisas da Vida. Eu gosto muito do jeito que ficou.
Você se identifica, de alguma forma, com os conflitos vividos pela sua personagem, a Bia, pensando na época em que você era adolescente?
Eu não fiquei grávida na adolescência, mas essa coisa do adolescente participando no conflito dos pais e vendo brigas, acho que é uma coisa pela qual qualquer adolescente passa quando tem pais casados. É algo fácil de se relacionar. Porém, ela é muito diferente de mim. Ela passa por conflitos sérios pelos quais, graças a Deus, eu não tive de passar.
As pessoas ainda te reconhecem como a Roberta de Rebelde? Elas vão a suas peças por conta desse trabalho?
Vão, com certeza. Com esse projeto, eu acabei me aproximando de uma galera incrível, que acompanha tudo o que eu faço. Elas eram fãs de Rebelde e passaram a ser meus fãs. Comparecem a tudo que eu faço, shows, peças, o que for. Eles já avisaram que compraram ingressos para ir à peça. Eu estou bem animada de voltar a ter esse contato com eles, que é a melhor coisa do mundo.
Qual é a sua relação com o teatro musical? Você é fã desse gênero?
Eu sou apaixonada por musicais desde pequena. O meu pai me criou com um repertório muito grande de filmes musicais, por isso sempre foi meu sonho participar. Em 2010, eu fiz o Despertar da Primavera, de Möeller e Botelho, que foi a realização de um sonho. Foi aí que eu percebi o quanto amava esse gênero. Quando entrei no batente para fazer Rebelde, eu não consegui parar para fazer peças. Agora é que eu tive a oportunidade. Eu tive uma brecha na agenda, percebi que dava para conciliar com as gravações da novela e quis fazer as duas coisas. Estou muito feliz por voltar aos palcos com um musical.
O teatro musical foi um caminho natural para você, uma vez que você vem de uma família de músicos e atores?
Com certeza. O canto veio de forma natural por causa da minha família. Aos 3 anos, eu já estava cantando com o meu pai tocando violão. É uma coisa que sempre fez parte da minha vida, tanto que escolhi a carreira de cantora. Por eu ter sido criada vendo filmes musicais, é uma coisa que eu sempre sonhei em fazer porque junta as duas coisas pelas quais sou apaixonada, a interpretação e a música.
Quais são suas ambições no gênero?
Eu tenho muita ambição em tudo, tanto na música quanto como atriz. Eu, com certeza, planejo continuar a arranjar espaço na agenda para fazer musicais, quando me derem a oportunidade.
Como você vê o fortalecimento de peças musicais nascidas no Brasil e com temas brasileiros?
Eu acho maravilhoso. Eu acompanhei esse crescimento de musicais no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro. O fato de as pessoas se interessarem por montar peças de teatro musical me deixam maravilhada. Com isso, vem um leque de profissionais muito competentes e preparados para fazer esses espetáculos. Quanto mais peças, melhor.
Qual outro filme você gostarai de ver adaptado para musical?
Tem aquele filme Quase Famosos, que ia virar muito como musical. Mas eu acho que qualquer história boa pode virar um musical. A questão é saber entrelaçar as duas coisas.
Se eu Fosse Você - o Musical
Onde: Teatro Oi Casa Grande - Rua Afrânio de Melo Franco, 290, Leblon.
Quando: 5ª, às 17h e 21h , 6ª, às 21h; sábado, às 17h e 21; domingo, às 19h. Até 20 de julho
Quanto: 5ª (primeira sessão): R$ 40 (balcão setor 3); R$ 70 (balcão setor 2); R$ 110 (plateia setor 1) e R$ 140 (camarote e plateia vip); 5ª (segunda sessão): R$ 50 (balcão setor 3); R$ 80 (balcão setor 2); R$ 120 (plateia setor 1) e R$ 150 (camarote e plateia vip); 6ª: R$ 60 (balcão setor 3); R$ 90 (balcão setor 2); R$ 130 (plateia setor 1) e R$ 160 (camarote e plateia vip); sáb e dom., R$ 70 (balcão setor 3); R$ 100 (balcão setor 2); R$ 150 (plateia setor 1) e R$ 180 (camarote e plateia vip).
Classificação etária: 12 anos.
Fonte: Uol
COMENTÁRIOS
Qual a sua opinão? Comente!